A Síndrome de Burnout, reconhecida como doença ocupacional, tem resultado em crescentes condenações trabalhistas por danos morais, com valores que podem ultrapassar facilmente R$ 30 mil, R$ 100 mil ou até milhões.
Alguns dados que corroboram isso:
De janeiro a abril de 2025, foram abertos 5.248 processos por burnout, um aumento de 14,5% em relação ao mesmo período de 2024. Em todo o ano passado, foram 16.670 ações, 22 vezes mais do que em 2014. O passivo estimado chega a R$ 3,75 bilhões, com indenizações médias de R$ 369 mil.
Exemplos reais: uma grande empresa de bebidas foi condenada a pagar R$ 100 mil a um colaborador por sobrecarga de trabalho. Já uma rede de varejo indenizou uma gerente em R$ 30 mil.
Muitas empresas negligenciam o cumprimento da legislação trabalhista e o cuidado com a saúde mental no ambiente corporativo. Isso pode resultar não apenas em ações judiciais, mas também em danos significativos à imagem institucional.
Estabelecer um canal de denúncias acessível, seguro e efetivo é mais do que uma exigência de compliance — é uma ferramenta estratégica para identificar sinais de risco, como:
- Jornadas excessivas e sem compensação
- Metas inalcançáveis
- Práticas abusivas ou assédio moral
Esses sinais, quando identificados com antecedência, permitem que a empresa atue com agilidade, evitando consequências jurídicas e protegendo o bem-estar dos colaboradores.
Boas práticas recomendadas:
- Monitoramento constante de indicadores de clima e saúde mental
- Implementação de programas de gestão de riscos psicossociais
- Fortalecimento e divulgação do canal de denúncias
- Ações concretas de apoio psicológico e revisão de políticas internas
O burnout é um risco real e crescente, tanto para a saúde das pessoas quanto para a sustentabilidade do negócio. Estar preparado significa investir em prevenção, cultura organizacional e responsabilidade.
Sua empresa está pronta para esse desafio?